Wagner Pires: o mago das noites estreladas, o sorriso mais
tocante (sarcástico e puro), nobreza plebéia cativante, cabelos grisalhos e juvenis
que revelam a luz prateada de agitada alma; por fora,
quanta mansuetude.
O amo: amo no sentido contrário, com minha ausência, meu silêncio,
minha serenidade, minha ousadia pagã, meu pedestal de monstros, minha cruz de
neon piscante onde prostradas prostitutas sorriem ou choram a pouca paga de
seus enormes pecados.
O amo: no sentido reto, como quando assumimos prazeres anais; no
sentido torto, como corpos contorcidos num orgasmo múltiplo.
Você que sempre me toca, nesta vida, a distâncias seguras, noutras
vidas devo ter te amado, pois quando o leio minha carne vibra e o prazer é latente.
Na tua racionalidade transgressora e na tua loucura verossímil, eu
reconheço a fala brilhante e espontânea dos que se apropriam
e desapropriam de si.
Bebo tuas palavras! Bebo-as como se fossem mulheres nuas e as
absorvo como se fossem homens em riste. Tua inteligência me atordoa, tuas
nuances têm todos os tons, teus textos me fazem acreditar que palavras escritas são
agulhas quentes que tatuam e colorem à tinta-vida, à tinta-mente, à tinta-amor.
Por isso, Wagner, o amo entre caretas e gemidos! Beijos meu escritor,
pis-cadelas meu poeta!
Tudo em mim vibra quando te leio. Tudo em mim fica a mil. Te adoro, Ana, amada de tanta vida. Se nesta ou se em outras, todas. Abração,
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