Nunca fui boa em
quebra-cabeças, sempre preferi as imagens e paisagens inteiras. Esta coisa de
pegar as pequenas peças e me concentrar para montar o todo me agonia. Minha
mente não me auxilia, ao contrário, porque minha impulsividade me atrapalha. Só
penso nisto como burrice minha quando observo meu sobrinho, ágil e esperto,
montando os quebra-cabeças dele (ele tem quatro anos).
É
que tenho mais facilidade de observar somente o macro e para chegar ao micro
tenho sintomas de dislexia e azedume de humor.
Pergunto-me
qual é a forma correta de ver, dimensionar e projetar o mundo, como resposta, me
lembro da música cantada por Milton Nascimento ( "o trem que chega é o
mesmo trem da partida..."), sendo assim, acredito que há que se fazer os
dois trajetos percorridos pela ação do fluído cósmico universal e a fração
humana que habita a terra...rs... (pausa paranóica). Ou seja, ambos são
importantes, o micro e o macro, para que possamos compreender a nós mesmos, o
poder dos sentidos sobre nossa percepção e direcionamento e, para nos
conhecermos melhor precisamos pensar o grande e o digerir o pequeno.
Precisamos
uns dos outros, meu sobrinho de mim para chamá-lo atenção ao todo da imagem e
eu dele para aprender onde as peças se encaixam.
No
amor deve ser assim também: enquanto um cuida de arrumar a cama o outro faz o
café, mas na imagem que projeto, ambos estão sempre juntos à mesa e a casa está
sempre arrumada como num passe de mágica.
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