A moça passeia tranquila, por entre bêbados, nas calçadas do
centro da cidade. Em si, sóbria, com a mente desconectada do resto do mundo... Tropeça
numa lata vazia, nem o barulho da lata nem o sacolejo nem o desequilibrar do
corpo a fazem sair daquele estado d'alma. Continua caminhando, vira a segunda
rua à esquerda, e atravessa, não nota o carro que freia bruscamente, tampouco nota a buzina e o gesto que faz o contrariado motorista. A moça, concentrada, não tem tempo para ser morta. Chega em
frente a uma sacada, saca do bolso uma flor amassada e a arremessa contra a única
janela que esta aberta, aquela com uma namoradeira. Não aparece ninguém. Ela
volta. O amanhã chega. A moça munida de uma linda flor, desamassada, a coloca
no bolso. Volta ao passeio... em si.